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(A gente tem muita história bonita pra contar!)

Venha conhecer a trajetória de João Maia: O único fotógrafo cego a cobrir  as paralimpíadas. 

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13/09/2024

João Maia é o único fotógrafo cego a cobrir as paraolimpíadas. Natural de Bom Jesus-Piauí, o seu interesse pela fotografia começou antes dele perder a visão.Durante sua adolescência, aos 14 anos, ele conheceu fotógrafos locais que tiravam fotos em preto e branco, e revelavam em laboratórios de sua cidade. Um tempo se passou,e seu irmão o presenteou com uma câmera de plástico, nessa época,cursos de fotografia não eram acessíveis, e por existir essa dificuldade, João aprendia através da leitura. Ele escrevia cartas para empresas de fotografia, e elas respondiam, lhe presenteando com manuais. 

Em 1995, ele se mudou para São Paulo, e comprou sua primeira câmera profissional, e começou a fazer cursos livres de fotografia enquanto trabalhava oficialmente como carteiro. Em 2004, ele começou a perceber alguns problemas de visão,porque tinha dificuldade de pegar ônibus, ler as cartas, e fazer as suas atividades na mesma velocidade que seus colegas. Por causa desses problemas, ele foi diversas vezes ao oftalmologista, que o diagnosticou com “Uveite bilateral”, que é uma inflamação em alto grau que afeta os olhos do paciente, por isso ele se aposentou da profissão que exercia. 

Depois de ter se aposentado, ele começou a se dedicar aos esportes,e se tornou atleta de corrida, apesar de não ter se tornado um atleta de alto rendimento,participou de algumas competições, chegando até a entrar para a seletiva do circuito Caixa Paralímpico.Por meio delas, ele ganhou uma bolsa para a universidade,e se pós graduou em fotografia. Embora ele não tenha seguido carreira no atletismo,ele frequentava as competições e tirava fotografias dos seus colegas, seguiu assim atéconseguir sua credencial como fotógrafo profissional. 

Em 2016 cobriu sua primeira paraolimpíada, no Rio de Janeiro, e desde então,seguiu fotografando,posteriormente nos jogos em Tóquio, e recentemente em Paris.Para fotografar os jogos, ele usa uma câmera profissional com recursos de acessibilidade, além disso, possui um assistente que lhe ajuda com a montagem dos equipamentos e com a descrição do ambiente. Apesar de não enxergar, conta com seus outros sentidos para tirar uma foto perfeita, ele se guia pelo som do guiso da bola,pelas falas dos jogadores, e pelo tato. João também é idealizador do projeto fotografia cega, que busca ensinar pessoas com deficiência sobre fotografia. Ademais, ele destaca que, ao tirar fotos de atletas paralímpicos, buscar inspirar as crianças e mostrar para elas que também são capazes de realizar seus sonhos. 

Por fim, em entrevista ao Portal da Globo, Maia falou sobre a importância da inclusão de PCds : “Me dê uma oportunidade que eu vou ser o melhor fotógrafo do mundo, o melhor profissional. É isso que a gente quer. A gente só quer oportunidade.Claro, a gente tem que ter direitos e deveres. Mas a sociedade tem que entender que a diversidade, que a inclusão, a pluralidade transforma o mundo melhor". 

Fonte: 

https://midianinja.org/conheca-joao-maia-a-historia-do-unico-fotografo-cego-a-cobrir-uma-paralimpiada/ 

https://ge.globo.com/pi/paralimpiadas/noticia/2024/09/08/fotografo-cego-unico-nas-paralimpiadas-de-paris-cobra-inclusao-vou-ser-o-melhor.ghtml 

A seguir estão alguns registros tirados por João Maia durante as Paraolimpíadas de 2024: 

A imagem mostra João Maia sorrindo enquanto segura sua câmera.

Créditos: João Maia

A imagem mostra João Maia segurando sua câmera.

Créditos: João Maia

Créditos : Produção textual Larissa Pereira. Edição Danusa Tederiche, Luisa Camargos, e Larissa Pereira. Revisão Priscylla Ramalho e Vivian Xavier

Imagens:  João Maia.

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A imagem mostra dois atletas em uma pista de corrida.

Créditos: João Maia

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A imagem mostra uma partida de futebol de cinco. Uma modalidade paralímpica com atletas cegos.

Créditos: João Maia

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A imagem mostra a atleta Verônica Hipólito sorrindo enquanto segura sua medalha.

Créditos: João Maia

Vem conhecer a história de Isabella Savaget: A dançarina com paralisia cerebral que acumula milhares de seguidores em suas redes sociais! 

09/08/2024

Vamos iniciar agosto conhecendo a história da Isabella Savaget. Natural do Rio de Janeiro, a carreira dela como influencer começou durante a pandemia. Nas redes sociais ela gravava vídeos com sua cachorrinha Belinha e buscava parcerias de produtos para a pet.  Depois ela decidiu fazer um vídeo contando sua história, em pouco tempo o conteúdo viralizou, e o número de seguidores cresceu, atualmente a jovem acumula 209 mil seguidores no Instagram, e 1 milhão no TikTok. 

Isabella ficou sem oxigênio durante o parto, ocasionando em uma lesão cerebral que afetou sua coordenação motora, e dicção. Outro período difícil em sua vida foi durante a adolescência, dos 14 aos 17 anos, ela sofreu com depressão e anorexia. Por isso, teve que parar com as sessões de fisioterapia, e se dedicar a cuidar de sua saúde mental. Foi nessa época, que Belinha entrou em sua vida, Isabella sempre sonhou ter um animal de estimação, e pediu para os pais uma cachorrinha como um incentivo para continuar seu tratamento. 

Apesar da deficiência e das dificuldades que passou, atualmente, ela é uma pessoa totalmente independente, além de ser uma grande porta-voz da comunidade PCD. Isabella encontrou na dança um meio de se expressar, tendo como seu ritmo musical preferido o funk. Em entrevista ao portal Terra ela declarou: "Eu aprendi a dançar funk antes de andar sozinha. Isso me motivou. A dança foi um tipo de terapia dentro da fisioterapia. Foi através da dança que vi que nada era impossível". No Instagram, ela compartilha o seu cotidiano, suas aulas de dança, como também entrevista diversas, pessoas pautando a inclusão. Além dos vídeos de entrevistas, Isabella produz o quadro “Bella Descomplica” onde debate sobre relacionamentos, filhos, e trabalho para pessoas com deficiência. 

Além de produzir conteúdo, e dançar, ela também é estudante de publicidade. Em paralelo, planeja abrir uma loja com produtos adaptados para PCDs, segundo ela o mercado não vê esse público como um consumidor em potencial. Apesar dos avanços da tecnologia, pessoas com deficiência ainda não são totalmente incluídas. Um dos problemas que ela aponta é o fato do microfone do seu celular não reconhecer sua voz, outro desafio é, a dificuldade em encontrar sapatos que a sirvam, usando bota ortopédica.

 

É importante destacar a representatividade que a Isabella traz como porta-voz da luta contra o capacitismo, porque além de usar as redes sociais para desmistificar o cotidiano de uma pessoa com deficiência, e mostrar que, tendo oportunidade, somos capazes de viver com autonomia, Isabella, a partir da sua visão empreendedora e da visibilidade que vem alcançando, busca cada vez mais ajudar outras pessoas com deficiência.

Fonte: 

 https://www.terra.com.br/nos/pcd-jovem-com-paralisia-cerebral-faz-sucesso-na-web-dancando-e-falando-sobre-inclusao,b5c0850be2cf6d86cc6900684b9482dbeou07pnv.html#google_vignette 

https://blog.freedom.ind.br/sucesso-e-inspiracao-conheca-a-historia-de-isabella-savaget/ 

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Imagem retirada do Instagram mostra Isabella em uma aula de dança. 

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Imagem retirada do Instagram mostra Isabella segurando sua cachorrinha Belinha. 

Créditos : Produção textual Larissa Pereira. Edição Danusa Tederiche, Luisa Camargos, e Larissa Pereira. Revisão Priscylla Ramalho e Vivian Xavier

Imagens:  Reprodução via Instagram de Isabella Savaget.

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Venha conhecer Matheus Pimentel! O primeiro dançarino cadeirante a entrar para a escola de Frevo de Recife

10/07/2024​

O mês de junho terminou, mas ainda estamos em clima de Festa Junina, por isso separamos para você uma história sobre arte, diversidade e inclusão. Hoje queremos falar sobre Matheus Pimentel. Ele tem 26 anos, é pedagogo, dançarino de Frevo, e foi o primeiro cadeirante a entrar para a escola de frevo de Recife. Atualmente ele faz parte da quadrilha “Gira raio de sol", fundada em 1996. No seu Instagram “Nas rodas do frevo”, Matheus posta vídeos de suas apresentações, em que fica perceptível sua paixão pela dança. 

Na rede social, ele descreveu sua relação com a Gira raio de sol, segundo Matheus, só o fato de estar na quadrilha já mostra a importância da inclusão, pois as coreografias são adaptadas para ele poder ocupar diariamente esse espaço. Durante uma entrevista para o jornal NE2, da Globo Nordeste, Gleides Santos, mãe de Matheus falou sobre a forte ligação que o filho tem com a dança: “O frevo está na alma, na pele dele, no sentimento. Antes de dormir, ele dança frevo. Antes de tomar banho, ele dança frevo. Ele respira frevo. Para ele, não tem barreira, ele quebra todas”. 

No ano de 2022, Matheus foi homenageado na Câmara Municipal de Recife, por ser o porta voz do frevo. Foi então que conheceu o maestro Spok, saxofonista e um dos maiores nomes do frevo de Recife. Era um sonho para o jovem conhecer o musicista, juntos cantaram e dançaram. Posteriormente, houve outro encontro entre os dois, que dessa vez resultou na composição denominada “Sob as rodas do frevo", com a seguinte letra: O frevo está nas ruas, o frevo está na alma, está na cadeira de rodas, está em mim, está em você e está em todos. É esse pertencimento que adentra e que me faz entender como um estandarte, como um baluarte". 

Terminamos o mês de junho, e iniciamos julho com essa história linda de diversidade, cultura e arte. Desejamos que PCDS tenham a possibilidade de ocupar todos os espaços, e que haja cada vez mais pessoas empáticas e sensíveis que acreditem no poder da inclusão. 

​Fonte:

https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2022/03/02/passista-cadeirante-usa-frevo-para-transmitir-mensagem-de-inclusao-ele-e-tao-grande-que-consegue-alcancar-todos-os-tipos-de-corpo.ghtml 

https://g1.globo.com/pe/pernambuco/sao-joao/2024/noticia/2024/06/23/raio-de-sol-de-olinda-vence-o-festival-de-quadrilhas-juninas-da-globo.ghtml

https://oganpazan.com.br/spokfrevo-orquestra-rec-beat/ 

 

Créditos : Produção textual Larissa Pereira. Edição Danusa Tederiche, Luisa Camargos, e Larissa Pereira. Revisão Priscylla Ramalho e Vivian Xavier

Imagens:  Reprodução via Instagram de Matheus Pimentel.

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“O amor está no ar”: Venha conhecer algumas histórias, e refletir sobre PCDs no mundo dos relacionamentos

14/06/2024

Nesta semana, celebramos em 12 de junho, o “Dia dos Namorados". Por isso, te convidamos para fazer uma reflexão: A sociedade enxerga as pessoas com deficiência como sujeitos dignos de amor e atração?

À medida que crescemos, o nosso desejo é construído a partir do conteúdo que consumimos, seja através de livros, filmes, novelas, propagandas. Por isso, aos nos questionarmos sobre um(a) parceiro(a) ideal, uma pessoa com deficiência pode não aparecer como primeira opção, pois, tradicionalmente, PCDS são representados pela grande mídia como pessoas frágeis, dependentes e até infantis. Recentemente, com muita luta e debate, principalmente através da internet, isso vem mudando, e pessoas com deficiência estão começando a serem retratadas como seres plurais.

Mas ainda há um longo caminho pela frente, e casais compostos por PCDS ainda passam por bastante preconceito. Um exemplo disso é o casal Shane e Hannah, Shane tem atrofia muscular e usa cadeira de rodas desde os dois anos de idade, já Hannah não possui nenhuma deficiência. Eles têm um Instagram com 995 mil seguidores, no perfil compartilham as viagens que fazem juntos, as saídas com os amigos e família e como cuidam da casa. Apesar da rotina que mostram ser como a de qualquer outro casal, Hannah relata os questionamentos que recebe sobre o porquê ter escolhido se relacionar com uma pessoa que usa cadeira de rodas. Além disso, nos vídeos postados por eles, há comentários como "Ele só pode ser rico”, "Ela é interesseira", "Com certeza ela trai ele".Essas falas, além de extremamente capacitistas, ainda escancaram o machismo de uma sociedade que está a todo momento questionando a índole das mulheres.

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Foto: Hannah Burcaw

Reprodução via Instagram.

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Outro exemplo é o casal Beatriz e Gabriel. Ela é tetraplégica, e por isso precisa usar um andador ou uma cadeira de rodas para se locomover. Antes de conhecer o então namorado, ela relata que usava aplicativos de relacionamento, e quando colocava somente a foto do seu rosto recebia mais “matches” do que quando adicionava fotos em que aparecia na cadeira de rodas. Além disso, depois que começou a namorar e sair com Gabriel em público, percebia o estranhamento das pessoas em volta ao ver ele a tratando como namorada, e ela diz ainda que, Gabriel é admirado por estar com alguém como ela.

Ambos os casais apresentados passam por preconceitos. Porém, devemos demarcar a diferença de tratamento que a Hannah e o Gabriel recebem por escolherem se relacionar com pessoas com deficiência. Enquanto Hannah é apontada como interesseira, por se relacionar com Shane, Gabriel é admirado por namorar Beatriz. Então além de refletirmos sobre capacitismo, podemos nos questionar sobre o machismo, e do porquê a sociedade endeusa um homem ao passo que questiona o caráter de uma mulher que vivem situações semelhantes. No mais, precisamos que pessoas com deficiência sejam representadas trabalhando, estudando, transando, namorando, enfim, vivendo. Só assim acabaremos com esse imaginário de fragilidade e infantilidade e veremos PCDs como sujeitos completos, dignos de almejar tudo que uma pessoa sem deficiência almeja, inclusive o amor!

Por falar em amor, o casal Samanta Quadrado e Breno Viola são outro exemplo que nos inspira. Eles que tem Síndrome de Down já se relacionam a aproximadamente 12 anos, e compartilham nas redes sociais suas rotinas de vida, trabalho e muito amor. Em uma entrevista do podcast “Conversa com o Bial” Samanta contou um pouco de como é sua relação com o Breno: "A gente sai, passeia e namora. Ainda não estamos casados, mas queremos muito. Só falta assinar o papel", Breno por sua vez se declarou para a namorada, relatando como se orgulha do trabalho dela de atriz: "Eu falei para ela acreditar nela, que ela pode; chegou a hora de mostrar o talento dela. Toda mulher nasceu para ser amada, e eu sou muito romântico: dou flores, às vezes um ursinho".

 

Além de Samanta e Breno, existem muitos outros casais com deficiência que espalham amor nas redes sociais como:

Foto: Beatriz Bebiano e Gabriel Lobo

Reprodução via Instagram.

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Foto: Samanta Quadrado

Reprodução via Instagram.

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Maju e Rafa

Reprodução via Instagram.

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Ive e Caio

Reprodução via Instagram.

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João   Vitor    e   Rafa

Reprodução via Instagram.

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Dudo do Cavaco e Vitória

Reprodução via Instagram.

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Vitória Mesquita e Gabriel Lima

Reprodução via Instagram.

Nessa semana em que o amor está no ar, nosso convite a reflexão foi justamente esse, tirar do imaginário que a pessoa com deficiência está fadada a viver solitária. Essas histórias nos ensinam que todo mundo tem direito ao amor!!!

 

Créditos : Produção textual Larissa Pereira. Edição Danusa Tederiche, Luisa Camargos, e Larissa Pereira. Revisão Vivian Xavier

Você sabe quem é Nathalia Santos? Conheça um pouco da trajetória da primeira assistente de direção com deficiência da Globo! 

03/06/2024

Nathalia Santos é jornalista e palestrante, tem 30 anos, e possui uma carreira com trabalhos diversificados. Ela ficou popular através de seu canal no youtube "Como assim, cega?", e, por causa dele, foi chamada para participar do programa "Esquenta", da apresentadora Regina Casé, onde ela trabalhou como comentarista e pesquisadora. Depois seguiu atuando nos bastidores do " Globo News" e "Multishow".Em 2022,ela passou a exercer a função de assistente de direção na novela "Todas as Flores", contribuindo na caracterização da personagem Maíra, vivida pela atriz Sophie Charlotte. Nathalia destaca que foi escolhida para esse trabalho não por ser cega, mas por sua trajetória profissional. Além de ter orientado na construção da personagem, ela preparou o set de gravação , visitou os locais de locação, ajudou na cenografia e figurino. Outro ponto de destaque em sua vida profissional, foi ter sido eleita uma das mulheres pretas mais influentes do Brasil pela "Vogue", e ter sido fotografada ao lado da supermodelo Noemi Campbell.

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Para além da carreira, Nathalia possui uma vida pessoal também com bastante autonomia. Aos 28 anos,ela foi mãe do seu primeiro filho, o Davi, e por ser uma mãe cega passou por algumas dificuldades e preconceitos.Natalia diz que a sociedade não espera que pessoas com deficiência possuam uma vida normal, que namorem, se casem, tenham filhos. Por isso, ao ser acompanhada por sua mãe durantes as consultas já foram questionadas se era a mãe dela quem cuidaria da criança. Mas a jornalista deixa claro que apesar de ter uma rede de apoio, ela junto ao marido, são os responsáveis pela criação dos filhos. Durante uma entrevista ao portal da UOU Nathalia destacou que: “Como uma pessoa cega, as pessoas me colocam em dois lugares: ou de pobre coitada, que precisa ser cuidada sempre, ou de super -heroína, como se qualquercoisa que eu fizer fosse uma grande superação. 'Olha lá que legal,ela estácuidando do filho, que legal'. Mas por que eu não cuidaria?" Com a chegada do bebê, ela desenvolveu formas para se adaptar, como po exemplo, enfiar o dedo na fralda para saber se estava suja, além disso, ela conta que tinha um termômetro sonoro, por ser o único item acessível que possuía,ficava tão empolgada que media a temperatura do filho todos os dias. Infelizmente, durante o início de 2024,enquanto estava voltando de uma festa de carnaval, Nathalia sofreu um assalto e foi baleada. Os tiros atingiram a região do quadril, ela passou por cirurgias, e está fazendo fitoterapia e se recuperando aos poucos. Através de seu perfil no Instagram, Nathalia mostra a sua rotina e como tem adaptado os cuidados e brincadeiras com os seus filhos, e também deixa claro o orgulho que tem por si mesma, por sua família, e sua história.

Fonte:  

Nasci cega, e acharam que não poderia cuidar do meu filho (uol.com.br)

https://directborrachas.wordpress.com/2018/04/05/blogueira-deficiente-visual-se-forma-em-jornalismo-vai-ter-negra-cega-e-jornalista-sim/ 

Https://veja.abri.com.br/coluna/veja-gente/como-e-o-trabalho-da-primeira-assistente-de-direcao-cega-da-tv-globo 

 

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Créditos : Produção textual Larissa Pereira. Edição Danusa Tederiche, Luisa Camargos, e Larissa Pereira. Revisão Priscylla Ramalho e Vivian Xavier

Imagens:  Reprodução via Instagram de Nathalia Santos.

Você  sabia que existem autores autistas? Isso mesmo.  Separamos a seguir uma lista com alguns desses autores para que conheça suas obras e aprenda mais sobre a causa! 

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Foto: Bruno Grossi.

Reprodução via Instagram.

 

 

06/05/2024

O primeiro autor que indicamos é Bruno Grossi, além de escritor, ele é ilustrador e artista.  Morador de São João del Rei (MG), iniciou sua carreira em 2004, e, a contar desse momento, já publicou 4 livros, e ilustrou mais de 50 obras.  O mineiro descobriu que fazia parte do espectro quando já era adulto, e foi essa descoberta que o inspirou a escrever e ilustrar o livro infantil “DoroTEA, a peixinha autista”.  O enredo se desenvolve em torno da personagem DoroTEA, que possui uma rotina estruturada e rígida para mudanças, mas que aos poucos vai fazendo amigos, se soltando, e enfrentando seus medos. De acordo com Bruno, o objetivo do livro é trazer conhecimento de maneira lúdica. Além disso, ele indica a leitura para crianças, familiares, educadores, psicólogos, e todos os profissionais ligados a causa. 

Para conhecer mais obras do autor, acesse o site Pexinha DoroTea Auista.

 

Agora, vamos conhecer a escritora Milena Lima.  A paraense é autora de um livro de contos chamado “Histórias de Milena”. A obra infantil possui 4 fábulas cheias de fantasias e aventuras, são elas: “Um problema Gigante”, “O bicho-papão brincalhão”, “Quem foi?”, e “O menino Lucas e o Monstro Negro”.  Além de uma linguagem teatral e livre, o livro é composto por muitas ilustrações que nos ajudam a viajar para o mundo dos personagens criados pela jovem.  Para adquirir a obra entre em contato com a Editora Pública Dalcídio Jurandir    ou pelo Instagram da autora.

Fonte:

https://www.otempo.com.br/entretenimento/escritor-e-ilustrador-mineiro-aborda-o-autismo-em-livro-infantil-1.2639890 

https://agenciapara.com.br/noticia/33415/jovem-escritora-com-autismo-lanca-livro-e-e-um-dos-destaques-da-24-feira-pan-amazonica-do-livro 

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Créditos : Produção textual Larissa Pereira. Edição Danusa Tederiche, Luisa Camargos, e Larissa Pereira. Revisão Priscylla Ramalho e Vivian Xavier

Foto: Milena Lima.

Reprodução via Internet.

Paulista descobre autismo aos 35 anos e usa sua visibilidade nas redes sociais para informar sobre o TEA. 

02/04/2024

Fábio Sousa, designer e morador de São Bernado (SP), recebeu laudo médico de autismo nível 1 de suporte aos 35 anos de idade. Seu diagnóstico tardio nos provoca a pensar sobre um tema pouco discutido, mas muito relevante: a dificuldade em ter um laudo de autismo quando suas características apresentam indicativo de autismo nível 1 de suporte, popularmente conhecido como autismo leve. 

Atualmente ele usa as redes sociais para divulgar seu projeto “Se eu falar não sai direito” onde compartilha suas experiências e conhecimentos.  Através de palestras tenta conscientizar principalmente estudantes de medicina e psicologia sobre a importância de fazer um atendimento livre de prejulgamentos. Por ter um nível de autismo considerado mais leve, Fábio sofreu preconceitos até ser laudado. A suspeita de ser autista veio para ele durante a gravidez de sua esposa, pois nessa época ela fez algumas pesquisas sobre os sinais de autismo leve em mulheres e ao compartilhar com Fábio, ele se reconheceu e pensou que talvez pudesse fazer parte do espectro. Tal reconhecimento, em primeiro momento, surgiu como um choque, porque, assim como grande parte da sociedade, possuía uma visão estereotipada do que era ser uma pessoa autista. Decidiu então investigar sobre suas condições e buscou consultas com psiquiatras e psicólogos para sanar suas suspeitas e alcançar seu diagnóstico, o que só foi possível com a ajuda da Dra. Lucia Silva que após 1h e 30 min de consulta e conversa com Fábio chegou à conclusão de que ele poderia ser uma pessoa com autismo, então resolveu encaminhá-lo ao psiquiatra para dar continuidade à investigação de seu caso.  

Fábio estava acostumado a receber respostas negativas. Talvez pelo fato de ainda termos em nossa sociedade, muitos médicos e outros profissionais que desacreditam que uma pessoa com TEA possa ter uma oralidade bem desenvolvida, manter contato visual, levar uma vida cotidiana comum, estar casado, e até comparecer a consultas sem acompanhante, com total autonomia. Ou seja, ainda se mantém um olhar capacitista e fundamentado nas estereotipias quando se trata de pessoas com espectro autista. 

Foi então, após passar por diversas consultas e diferentes experiências que ele finalmente alcançou o diagnóstico que indicava sua real condição e isso foi uma virada de chave, pois passou a entender melhor de si, o que aumentou muito sua qualidade de vida. Fábio também fala que o fato de ser uma pessoa negra afetou o seu diagnóstico, pois, segundo ele, a sociedade não acolhe da mesma forma uma pessoa preta e uma pessoa branca. Como por exemplo, quando uma pessoa negra com autismo apresenta um momento de crise pode ser ainda mais arriscado, pois o olhar preconceituoso e racista leva ao julgamento considerando ser alguém perigoso e violento. Por isso, ele mesmo reconhece e ressalta o privilégio que teve, embora seja um homem negro e enfrente todas as lutas raciais postas na sociedade brasileira, o fato de ser de classe média, não o impede de sofrer tais preconceitos, porém garantiu a ele maior possibilidade de acesso à informação, saúde, políticas públicas e educação. Tais recursos o ajudaram a, embora tardiamente, encontrar informações que mudassem o rumo de sua história e lhe dessem melhor qualidade de vida. Além disso, Fábio também possui uma família que valida suas vivências e opiniões, sendo para ele uma grande rede de apoio para lutar pela diversidade.  

A história de Fábio é mais um exemplo de que precisamos ampliar a informação na luta contra o capacitismo. Embora ele tenha uma história bonita para nos contar, história de descoberta, superação e mobilização, ainda é possível e urgente fazer mais. É necessário que todas as pessoas tenham acesso a políticas públicas (saúde, educação, assistência social, etc.) que garantam a elas mudanças em suas trajetórias de vida. Reforçamos assim nosso desejo em termos muito mais histórias como a do Fábio para contar, histórias de pessoas comuns, de pessoas que fazem do mundo um lugar melhor, diverso e inclusivo. 

Fonte: 

https://radis.ensp.fiocruz.br/entrevista/ser-autista-negro-pobre-e-periferico-e-quase-zerar-o-trunfo-das-desgracas/ 

https://www.canalautismo.com.br/noticia/autistas-negros-discutem-invisibilidade-social/ 

Créditos : Produção textual Larissa Pereira com Luísa Camargos e Danusa Tederiche. Edição Danusa Tederiche, Luisa Camargos, e Larissa Pereira. Revisão Priscylla Ramalho e Vivian Xavier

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Foto: Fábio Sousa

Reprodução via Instagram.

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Foto: João Vitor.

Reprodução via Instagram.

A história de João Vitor Paiva: O primeiro conselheiro jovem com síndrome de Down do UNICEF 

04/03/2024

João Vitor de Paiva tem mandato como conselheiro jovem do UNICEF renovado em fevereiro de 2024.Ele é a primeira pessoa com Síndrome de Down a ocupar esse cargo, e foi escolhido porque através das redes sociais se tornou um grande representante das pessoas com deficiência pela sua luta contra o capacitismo. Nascido em Goiás, João Vitor ganhou fama após postar no Instagram (@jvdepaiva) um vídeo mostrando a sua rotina como estudante de educação física.  Desde então ele vem crescendo na plataforma, já tendo conquistado mais de meio milhão de seguidores. Através dos vídeos irreverentes postados pelo jovem podemos acompanhar a forma leve e inspiradora que ele fala sobre a sua luta contra o capacitismo. 

Para além do Instagram, João Vitor participa de eventos, e faz palestras contra o preconceito. Como também, já participou do filme Colegas e Herdeiros, com um elenco formado por atores e atrizes com Síndrome de Down e já até foi entrevistado no podcast Inclusive Luísa que é o primeiro podcast protagonizado por uma pessoa com SD.

 

Para assistir a entrevista acesse Podcast Inclusive Luisa | Temporada 5 - Ep 04: João Vitor (youtube.com).

 

Se olharmos para a trajetória de vida do João Vitor perceberemos que sua deficiência não limitou a sua autonomia. Durante a infância e adolescência ele sempre estudou em escolas regulares, tendo um professor de apoio, e quando decidiu fazer vestibular, passou em 4 faculdades. Entendemos como foi importante para ele ter sido mantida a sua liberdade de escolha, e que o seu potencial foi desenvolvido através do apoio de amigos, familiares e professores. Sendo assim, uma reflexão que podemos fazer a partir de sua história, é sobre a importância de incentivar os PCDS (Pessoas com deficiência) a ocuparem os espaços, pois qualquer pessoa com deficiência, se tiver apoio, e oportunidade de se desenvolver pode ser capaz de trilhar grandes caminhos. 

 

Fonte: https://www.metropoles.com/brasil/conheca-o-1o-conselheiro-jovem-com-deficiencia-do-unicef-no-brasil. 

https://www.aredacao.com.br/noticias/204290/joao-vitor-de-paiva-ultrapassa-meio-milhao-de-seguidores-no-instagram 

https://www.aredacao.com.br/noticias/204766/unicef-renova-mandato-de-influenciador-goiano-como-conselheiro-jovem 

Créditos : Produção textual Larissa Pereira com Luísa Camargos. Edição Revisão Danusa Tederiche, Luisa Camargos e Larissa Pereira.

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