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Pesquisa comprova os benefícios da educação inclusiva no ensino regular

Estudo iniciado em 2010 comparou a performance de 109 crianças e adolescentes atendidos pelo Instituto Jô Clemente em escolas comuns e especiais



Foto: Instituto Jô Clemente


O Instituto Jô Clemente, antiga Apae de São Paulo, divulgou os resultados de uma pesquisa iniciada em 2010, que acompanhou o desenvolvimento educacional de 109 estudantes atendidos pelo IJC. Segundo o trabalho realizado pelo Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação (CEPI) do IJC, as crianças e adolescentes que frequentaram escolas regulares (salas de aula comuns) apresentaram ganhos em identidade, autonomia, comunicação, linguagem, expressão, relacionamento interpessoal e aprendizagem.


O estudo também analisou o desempenho de estudantes matriculados em “escolas especiais” – por exemplo, exclusivas para crianças e adolescentes surdos, com deficiência visual ou intelectual. Dos 109 participantes da pesquisa, 43 frequentaram escolas regulares e 66, escolas especiais. Em entrevista ao portal Estadão, Roseli Olher, supervisora do Atendimento Educacional Especializado (AEE) do IJC, afirmou que o grupo matriculado no ensino regular demonstrou desejos e maior interesse pelas atividades propostas, com os estudantes mostrando-se questionadores em certos momentos das aulas.

“Em relação à independência, foram capazes de se locomover pelas dependências das escolas, dirigindo-se ao banheiro, bebedouro, refeitório, servindo-se e alimentando-se adequadamente nos horários de recreio. No que diz respeito à comunicação e expressão, a maioria conseguiu transmitir suas ideias e se fazer entender mesmo quando ainda não havia comunicação oral, por meio de gestos ou imagens.”, acrescenta a supervisora.

No caso dos alunos que frequentaram escolas especiais, foram observados poucos avanços quanto à autonomia, aprendizagem e comportamento social. “Os estudantes permaneceram com atitudes infantilizadas, comportamentos inadequados, dificuldades para enfrentar e resolver conflitos, vocabulário restrito e fora de contexto quando solicitados para exporem suas ideias e se fazerem entender perante os colegas e adultos, demonstrando pouco interesse e iniciativa frente às propostas apresentadas. “Em relação à autonomia e independência, ainda necessitavam de um profissional para acompanhá-los pelas dependências da escola.”, relata a especialista.


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