Olá Pessoal! Já falei para vocês que eu amo essa vida de RP?
Eu adoro! Mas a gente tem muito trabalho e é isso, essa agitação e esse contato com as pessoas que faz eu me encantar cada vez mais pela minha profissão.
Eu escolhi ser RP porque sempre fui muito comunicativa e, pesquisando sobre profissões na época do ENEM descobri que as Relações Públicas podem ser definidas como um conjunto de estratégias que auxiliam em uma comunicação benéfica entre as organizações e seus públicos.
É uma área que lida com eventos, assessoria de impressa, criação de conteúdo e comunicação interna e externa. Tudo que eu amo fazer!!
Essa carreira abrange várias áreas de atuação como: organizar e facilitar a comunicação entre público e empresa, buscando sempre que possível, gerar valor e pontos positivos para ambos os lados. As Relações Públicas ajudam as organizações porque auxiliam na transmissão de mensagens e geram uma ideia positiva da marca e seus produtos/serviços e ajudam os públicos porque fazem eles terem uma perspectiva de transparência e um contato mais direto com a organização.
E foi sabendo um pouco mais sobre a profissão que pensei: "Humm, eu quero ser isso, quero ser Relações Públicas! Me apaixonei pelo curso e tenho cada vez mais a certeza de que foi a profissão quem me escolheu!
Hoje eu sou a primeira RP com Síndrome de Down formada no Brasil e que exerce a profissão com carteira assinada como Relações Públicas. E sou também a primeira pessoa com Síndrome de Down a ocupar o cargo de diretora da diversidade e inclusão pelo o CONRERP - 3ª região.
Ser RP já me permitiu colecionar muitas experiências como por exemplo, escrever artigos e apresentar no Congresso de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e Relações Públicas - ABRAPCORP. Nesse congresso eu já contabilizo 4 participações e publicações.
Falando um pouco da experiência no ABRAPCORP:
Nos últimos anos, por conta da pandemia, só foi possível este encontro acontecer no formato virtual. Esse ano porém, foi marcado pelo retorno do encontro no formato presencial. Estávamos todos com muita saudade e felizes em poder nos encontrarmos e também rever um tanto de galera bacana e colegas de profissão.
O XVII Congresso Abrapcorp aconteceu entre os dias 10 e 12 de maio de 2023, no Campus Maracanã da UERJ, na cidade do Rio de Janeiro. Ciente de sua responsabilidade com a democratização da ciência, o evento trouxe um conjunto de mesas redondas, Grupos de Trabalho e Espaço Graduação visando fortalecer as trocas e diálogos entre pesquisadores.
Eu tive a feliz surpresa e oportunidade em rever a Daniele Chaia que, assim como eu, é relações públicas e atua no CONRERP - 1ª região. Amei poder encontrar com ela!
Encontrei também uma grande referência no campo da relações públicas a RP e professora universitária de Comunicação e Artes na USP, Margarida Kunsch, inclusive foi minha referência na escrita de meu TCC da graduação, onde fiz a leitura de seu livro "Planejamento de Relações Públicas". Foi super legal encontrar com ela também!!!
Daniele Chaia Margarida Kunsch
Minha participação foi o GT4- Relações públicas, política e sociedade, coordenado por Márcio Simeone Henriques (UFMG) e com a Vice - Coordenação de Daniel Reis Silva (UFMG), meus grandes amigos!
O tema do Congresso foi “Comunicação, ativismo e organizações” tendo em vista estimular um relevante e transformador debate sobre o papel da comunicação (sobretudo na perspectiva organizacional) na luta por realidades mais igualitárias, assumindo o compromisso da construção de diálogos orientados pela busca do desenvolvimento social e pela minimização das disparidades que marcam a sociedade brasileira. Nessa perspectiva, a ideia de ativismo tem se tornando um tema de interesse de diversas empresas, seja na proposição de novas práticas comunicacionais no âmbito das organizações seja no relacionamento com o seu público.
Pensando nisso, levei para o Congresso minha experiência de atuação na AIC na perspectiva da inclusão da pessoa com deficiência. Meu artigo escrito em parceria com Danusa Tederiche, teve como título “Para que Todos Caibam no Mundo: histórias de vida, construção de memórias em rede e mobilização social”, onde dialogamos sobre a potencialidade das histórias de vida e sobre nosso trabalho em reverberar a pauta da inclusão em diálogos com diversos sujeitos sociais, visando a mobilização em prol de uma sociedade inclusiva, o que acontece fortemente no Podcast Inclusive Luísa.
A AIC, faz um brilhante trabalho de ativismo e comunicação em sua organização e, além da minha experiência, também foram apresentadas outras experiências de colegas da AIC que exercem grande representação social nas mais diversas frentes de atuação da AIC.
Tivemos então no mesmo GT 4 o diálogo sobre as pautas raciais com o artigo “MUQUIFU e NegriCidade: tática dos povos pretos para que culturas soterradas possam emergir na cena pública” de Rafaela Pereira Lima e Mauro Luiz da Silva. No combate as Fake news, a reflexão se deu a partir do texto “Combate à Fake News nas periferias de BH: um olhar das relações públicas para a formação de públicos, interinfluências, mobilização e desmobilização” de Emanuela São Pedro.
A roda de conversa foi muito bacana, de muito aprendizado e transformadora e ainda tivemos a alegria de ter nos prestigiando, dois colegas da AIC que moram no Rio de Janeiro. Eu amei demais essa experiência de encontrar com vocês Letícia e Carlos!
É claro que a vida de RP não é só escrever e publicar artigos não é mesmo? Como já disse, nós gostamos de estar com pessoas, por isso, não poderia deixar de dizer que fazer uma social com a galera também faz parte da nossa programação. Isso mesmo, então, ao final do congresso, estando no Rio de Janeiro, claro que não poderia deixar de curtir um samba carioca, não é verdade?!
Conheci um boteco muito bacana na Lapa e curti bastante a noite com meus amigos da AIC e meus colegas de profissão. Foi tudo muito incrível!!!!
Já estou com saudades Rio de Janeiro, em breve estarei de volta, me aguarde!
Abraços carinhosos,
Luísa Camargos